O melhor remédio para se curar uma doença chamada ‘intimidação’ se chama ‘coragem’. Doença esta que em casos mais graves é capaz de tirar a voz, o que geralmente acontece após o estágio em que o paciente demonstra o sintoma mais comum, o medo. Medo do mais forte, medo da violência, medo de ser fraco, medo de perder a luta…
Este sintoma era muito presente em uma personagem de uma peça de Teatro que escrevi cerca de doze anos atrás. Em uma lista de “medos” que a personagem tinha, “Pascoal” citava o seu maior medo; tinha “medo de ter medo”. Este foi talvez o único medo que os cartoonistas e jornalistas do “Charlie Hebdo” tivessem. Foram ameaçados, xingados, sofreram mais de um atentado antes deste de hoje com doze vítimas fatais e mesmo assim, eles nunca perderam a coragem. Coragem que é porta-voz da principal essência da vida, a liberdade!
Eles podem matar o corpo, podem tentar eliminar quem não é puro segundo os ensinamentos do “profeta” deles, mas nunca conseguiram destruir a liberdade. A liberdade não tem corpo, não tem forma, não se pode matá-la. Você pode desviar a água de um rio, fazê-lo tomar um outro caminho, mas essas águas encontrarão um caminho de chegar ao mar, assim como o homem sempre encontrará o caminho para os braços da liberdade.
O que aconteceu hoje em Paris é triste, é revoltante! Que os familiares e amigos das vítimas encontrem conforto e força para enfrentar este pesadelo. Aquele que morre por defender sua liberdade, não perde a vida. Ele apenas viveu em vez de existir.
Liberté, Égalité, Fraternité! #JeSuisCharlieHebdo
Os islamistas queriam ao matarem os cartoonistas, o fim das sátiras. Propagá-las intensivamente é o melhor castigo que eles podem ter! Aqui algumas obras do “Charlie”: